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É hora de compartilhar nossas falhas

Profissionais de saúde global precisam construir uma cultura de confiança que permita aprender tanto com os acertos quanto com as falhas

Por Ruwaida Salem, Neela A. Saldanha, Anne Ballard Sara, Elizabeth Tully e Tara M. Sullivan

(Ilustração por iStock/Maria Vonotna)

Especialmente nos países em desenvolvimento, os recursos para abordar as prioridades de saúde pública são limitados. Por isso, é fundamental que os profissionais da área no mundo todo compartilhem não só os seus êxitos, mas também os seus fracassos.  Porém, por muitas razões, é menos provável que esses profissionais compartilhem seus fracassos – especialmente com organizações pares ou com doadores – do que os seus sucessos. Porém, se por mais não fosse, temos que ficar mais à vontade com isso por uma simples necessidade pragmática: ser honesto e aberto em relação ao fracasso pode nos ajudar a mudar o rumo rapidamente quando algo não está funcionando e a evitar fracassos maiores (e mais dispendiosos!) no futuro.

Compartilhar nossos fracassos e erros na saúde global e aprender com eles pode aprimorar a resolução de problemas, incentivar a inovação com base em riscos calculados e melhorar a qualidade do serviço analisando fluxos de trabalho identificando pontos onde ocorrem erros. Um estudo que explorou a dinâmica do fracasso em três áreas muito diferentes – ciência, empreendedorismo e terrorismo – constatou que as pessoas que tiveram sucesso após fracassarem foram as que conseguiram identificar o que funcionou e o que não funcionou e ajustar as tentativas subsequentes. Esse tipo de aprendizado só pode ocorrer por meio de uma reflexão aberta e franca.

Em um evento recente dedicado a “aprender com o fracasso”, um doador contou a história de um de seus primeiros investimentos em saúde. No caso, uma plataforma digital parecia ser a abordagem mais econômica e sustentável para coletar dados de jovens sobre a qualidade dos serviços que estavam recebendo, mas as pesquisas de áudio, a resposta de voz interativa e as mensagens de texto falharam por vários motivos – desde preocupações com a privacidade e falta de confiança até o baixo nível de alfabetização em saúde e barreiras linguísticas. Conversando honestamente sobre essas falhas, o doador e o parceiro de implementação decidiram abandonar a plataforma digital e usar uma opção mais tradicional de papel e caneta para concluir o estudo.

 

O que é o fracasso?

Desde 2022, realizamos eventos, no âmbito do projeto Knowledge Success, financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês), para incentivar profissionais de saúde global na África Subsaariana, na Ásia e nos EUA a compartilhar seus fracassos. Quando começamos esse trabalho, pensamos muito sobre o que queríamos dizer com “fracasso”. Tínhamos certeza de que não queríamos que fossem relatos de falsa modéstia – aqueles apresentados como fracassos, mas contados apenas a fim de chamar a atenção para algo de que a pessoa se orgulhava. Também não queríamos organizar um “festival de fracassos” tradicional, do tipo que parece um show de comédia, no qual os melhores apresentadores narram histórias de fracasso com reviravoltas engraçadas. Queríamos que mais pessoas – não só as engraçadas – falassem sobre fracasso e ajudassem a criar um diálogo com seus colegas, de modo que tanto quem fala quanto quem ouve possa aprender com a experiência.

Consultamos um especialista da ONG Fail Forward, que nos disse que é o mais importante era que as pessoas contassem os fracassos sobre os quais se sentissem mais à vontade, em vez de procurar por tipos específicos de fracasso. Então decidimos adotar uma definição ampla de fracasso na saúde global como “qualquer situação em que os resultados não atendam às expectativas”. Essa definição vasta engloba desde tarefas executadas de forma incorreta até resultados de indesejados no quesito do desempenho e falhas que vão das “inevitáveis” às “inteligentes”. Acreditamos que podemos aprender com qualquer desacerto e que o importante é compartilhar o que funciona e o que não funciona na saúde global. Assim, o que antes era imprevisível pode se tornar previsível e, portanto, evitável.

 

Os profissionais de saúde global estão compartilhando seus fracassos?

Em uma pesquisa que realizamos na comunidade de saúde global, descobrimos que os profissionais reconhecem (pelo menos em teoria) a importância de compartilhar falhas uns com os outros: dos 302 respondentes (gerentes de programas, consultores técnicos, pesquisadores e outros profissionais) que responderam no mundo todo, 96% disseram que acham importante que os profissionais de saúde global compartilhem seus fracassos uns com os outros. Os entrevistados explicaram: “Se compartilhamos só o que funciona, e não falamos de todo o espectro de experiências, perdemos muitas oportunidades de aprendizado”. Alguns entrevistados acham que podemos aprender mais com as falhas que com os acertos, e um deles explicou que “mesmo em casos de sucesso, provavelmente houve alguns fracassos ao longo do caminho que ajudaram no êxito final”. Eles também acharam importante compartilhar os fracassos para estabelecer que eles fazem parte da vida. Um dos entrevistados explicou que “vemos sempre a fachada do sucesso, a parte boa, e isso não ajuda aqueles que estão começando ou enfrentando alguma dificuldade”. “Quando ouvimos que aqueles que admiramos cometeram erros ou fracassaram no passado, isso nos dá convicção de que agiremos melhor com a experiência e o tempo.”

No entanto, quando perguntamos aos entrevistados se eles haviam compartilhado um fracasso nos últimos seis meses com diferentes categorias de pessoas – um colega dentro de sua organização, um colega de uma organização diferente e seu doador – a afirmativa foi descrescente, indo de 72% para 41% e 23%, respectivamente. Esses resultados batem com os de outras pesquisas que demonstram que as pessoas evitam sistematicamente contar seus fracassos.

 

O que impede que trabalhadores de saúde compartilhem seus fracassos?

Dos profissionais de saúde global que responderam não ter compartilhado um fracasso nos últimos seis meses, muitos disseram que “não fracassaram” nesse período, o que pode indicar uma falta de reconhecimento do fracasso e dos ensinamentos que ele traz. Alguns afirmaram que “não tiveram a oportunidade de compartilhar o fracasso”, enquanto outros argumentaram “falta de confiança ou não querer que as pessoas pensem mal deles”. Entre outros motivos menos frequentes, estavam “não achar que o fracasso trouxesse aprendizado” e “falta de tempo” para compartilhar o fracasso.

Em um contexto orientado para as doações, muitos relataram que compartilhar falhas com financiadores pode levar à perda de recursos. Como solução para isso, as pessoas podem usar uma terminologia diferente ao falar de falhas com um doador. Como disse um entrevistado: “Esses fracassos foram compartilhados como desafios enfrentados durante a implementação, e não como falhas profissionais. A palavra ‘fracassos’ implica penalidades, mas vê-los como ‘desafios’ é muito mais aceitável.”

Os resultados de nossa pesquisa são consistentes com achados de pesquisas psicológicas que apontam três impeditivos principais ao compartilhamento de fracassos: em nível individual e interpessoal, as pessoas podem ter barreiras emocionais e cognitivas para compartilhar fracassos; em um contexto mais amplo, barreiras organizacionais ou ambientais podem impedi-lo.

 

Sessão de compartilhamento de falhas realizada na Conferência Internacional de Planejamento Familiar (ICFP) em Bangcoc, Tailândia, em novembro de 2022.

Os fracassos podem levar a emoções negativas, como tristeza ou culpa. Em uma tentativa de lidar com essas emoções ou minimizá-las e se sentirem bem, as pessoas podem usar estratégias como recusar-se a pensar no fracasso ou a dar  atenção a ele. Isso é semelhante ao efeito “avestruz” demonstrado pelos investidores que verificam suas carteiras com menos frequência quando os mercados estão em baixa. As pessoas também podem temer por sua autoestima ao compartilhar fracassos, pois essas são informações negativas sobre si mesmas. Uma maneira de superar essas preocupações pode ser ver as falhas de forma diferente. Em pesquisas comportamentais anteriores que realizamos, descobrimos que expressões que vinculam o fracasso a uma oportunidade de crescimento, como “aprender com os fracassos”, têm o potencial de motivar as pessoas a compartilhar seus fracassos.

As pessoas também podem não compartilhar falhas devido a barreiras cognitivas. Elas podem achar que as falhas não trazem informações valiosas. Aprender com o sucesso é mais imediato; basta replicar o processo. Aprender com o fracasso implica prestar atenção às informações, compreender a conexão entre um erro e um acerto e saber como compartilhar o fracasso para promover o aprendizado.

Além disso, o compartilhamento de falhas pode ser inibido pelas características da organização. Pode ser que ela não dê tempo ou autonomia suficientes para que os funcionários reflitam sobre os fracassos. A cultura organizacional pode não priorizar a segurança psicológica, a percepção de que é seguro assumir riscos interpessoais e profissionais no local de trabalho. Pode ser difícil reconhecer as falhas de conhecimento se a equipe não for diversa o bastante ou se os membros não tiverem a oportunidade de interagir com diferentes grupos, sendo expostos a novas informações que possam ajudá-los a analisar as falhas. Entretanto, as estruturas organizacionais também podem promover o compartilhamento de falhas. Um dos entrevistados da nossa pesquisa disse, por exemplo, que o trabalho dele geralmente envolvia consórcios e parcerias, “portanto as falhas podem ser compartilhadas”.

 

Como podemos melhorar?

Entre 2022 e 2023, organizamos, com outros parceiros, uma série de quatro eventos virtuais com foco na melhoria por meio do fracasso; planejamos organizar outros futuramente. Ao projetar os eventos, incorporamos elementos para abordar os três principais tipos de barreiras discutidos acima: emocional, cognitiva e organizacional.

Para lidar com as emoções negativas associadas aos fracassos e às preocupações com a autoestima, nosso objetivo era reformular os fracassos como uma oportunidade de aprender com os outros, o que é reforçado no título de nossas sessões, chamadas de “Aprendendo com os fracassos”.

Para abordar as barreiras cognitivas, buscamos reduzir o esforço para compartilhar os fracassos. Os participantes foram incentivados a compartilhar qualquer tipo de fracasso profissional – deixamos a definição bem ampla. Tentamos reduzir o esforço cognitivo na narração de histórias pedindo que eles as contassem em dois minutos e se concentrassem nos fatos, não em criar a melhor ou mais engraçada história. Fornecemos aos participantes um conjunto pronto de “perguntas curiosas” – indagações cuidadosamente elaboradas para promover o aprendizado, como “O que torna o compartilhamento dessa experiência relevante?” e “Como sua compreensão da situação mudou desde que ela aconteceu?”. As perguntas curiosas são uma abordagem criada pela Fail Forward para ajudar tanto o ouvinte quanto a pessoa que está compartilhando seu fracasso a evitar a culpa e, em vez disso, a entender melhor o fracasso, aprender com ele e incorporar esse aprendizado ao trabalho futuro. Por fim, para que esse formato fluísse melhor, tivemos sessões de histórias-modelo e perguntas curiosas no início do evento, antes que os participantes se dividissem em seus grupos e compartilhassem seus fracassos.

Para superar as barreiras organizacionais, projetamos os eventos para promover a segurança psicológica e um ambiente de apoio. Os participantes compartilharam suas histórias de fracasso em grupos pequenos, de três a cinco pessoas. Havia uma base geral de confiança e camaradagem porque todos os participantes eram da mesma área – planejamento familiar e programas de saúde reprodutiva (PF/SR). Ao mesmo tempo, os grupos foram organizados de forma que os participantes provavelmente não se conhecessem, preservando assim algum anonimato. Deixamos claro que não haveria registro das discussões, nem documentação e distribuição de histórias compartilhadas. Os participantes também sabiam que era o Knowledge Success, um programa de gestão de conhecimento para PF/SR, que estava organizando o programa, e não os doadores – portanto, o anfitrião era neutro. Além disso, fornecemos aos participantes um modelo de revisão  para discutir com mais regularidade com suas equipes o que funciona e o que não funciona. Além desses eventos virtuais, também organizamos um evento físico na Conferência Internacional de Planejamento Familiar de 2022, em que quatro profissionais seniores, representando agências doadoras, a Organização Mundial da Saúde e uma ONG compartilharam suas experiências de fracasso profissional. Os palestrantes, escolhidos por serem profissionais de destaque em suas áreas, serviram de exemplo para endossar e incentivar o comportamento.

As sessões “Aprendendo com o fracasso” do Knowledge Success adotaram as seguintes estratégias para evitar as barreiras ao compartilhamento:

  1. Minimizar o estigma | As sessões são tanto para aprender com os fracassos dos outros quanto para os participantes compartilharem seus próprios fracassos.

  2. Reduzir o esforço para compartilhar e aprender com os fracassos | Os participantes se concentram em uma história curta (dois minutos) e não precisam se preocupar em criar a história melhor ou a mais engraçada/ usam “perguntas curiosas” para facilitar o aprendizado, assistindo antes demonstrações dessa dinâmica.

  3. Promover culturas de segurança psicológica e aprendizado | Os participantes compartilham falhas em pequenos grupos, em vez de em um grande grupo geral. As discussões não são registradas, e os relatos não são documentados ou distribuídos de forma mais ampla. Os participantes trabalham em programas globais de saúde semelhantes e, portanto, compartilham alguma camaradagem, mas geralmente vêm de organizações e países diferentes, criando um certo nível de distância ou até de anonimato.

Embora não possamos, pelas regras das sessões, reproduzir histórias narradas, muitas delas tinham temas comuns, como a hora e a profundidade do envolvimento de stakeholders, o conhecimento do que outros parceiros estão fazendo antes de iniciar um projeto e a compreensão de contextos específicos que o público-alvo pode enfrentar.

De modo geral, as sessões foram bem recebidas pelos participantes, que demonstraram apreço por esse tipo de evento, pela segurança que ele proporcionava e pela camaradagem de saber que outras pessoas e programas haviam passado por fracassos e desafios. Em uma pesquisa posterior a um dos eventos, 86% dos entrevistados concordaram ou concordaram fortemente que a sessão os motivou a serem mais abertos para compartilhar seus fracassos com os colegas e que lhes proporcionou uma abordagem útil para compartilhar seus fracassos. Eles consideraram que o compartilhamento em pequenos grupos foi o aspecto mais útil, seguido pelas perguntas curiosas. Um participante observou que foi como um grupo de apoio de que eles precisavam, mas não sabiam, e outro disse que se sentiu melhor ao saber que outros programas também enfrentaram desafios e fracassos. A grande maioria dos participantes disse que a sessão os deixou “reflexivos”. No entanto, uma parcela significativa (21%) disse que se sentiu “envergonhada”, o que sugere que ainda temos algum trabalho a fazer para que se torne natural falar abertamente de fracassos. Um participante disse que tinha sentimentos mistos: embora parecesse um grupo de apoio, porque eles podiam se identificar com a experiência alheia, também era doloroso recordar os fatos narrados. De modo geral, 77% dos entrevistados disseram que aprenderam com os fracassos compartilhados durante a sessão, e muitos indicaram que apreciaram tanto a reflexão que as perguntas curiosas lhes trouxeram enquanto narradores quanto os aprendizados adquiridos como ouvintes.

 

Quais são as medidas que podemos tomar agora?

Propomos cinco recomendações para projetos, organizações e para o campo da saúde global de forma mais ampla, a fim de atenuar as barreiras emocionais, cognitivas e organizacionais que impedem o compartilhamento e a aprendizagem com os fracassos:

  1. Aumentar o número de fóruns | Nossa experiência e nossa pesquisa mostram que há uma clara necessidade de oferecer um fórum psicologicamente seguro para incentivar o compartilhamento de falhas. Aumentar as oportunidades também fará com que seja mais fácil, com o tempo, que as pessoas compartilhem seus fracassos, à medida que aprendam a fazê-lo em fóruns seguros, projetados especificamente para tal.

  2. Prestar atenção ao enquadramento | Por mais que os profissionais de saúde global reconheçam a importância de compartilhar os fracassos, ainda é difícil para as pessoas lidar com isso: elas podem se sentir envergonhadas ou achar a experiência dolorosa, como nossos entrevistados relataram. Embora alguns possam argumentar que precisamos ser diretos e chamar um fracasso pelo que ele é, achamos que é mais importante fazer com que as pessoas compartilhem suas experiências. A associação de fracasso e aprendizado e chamar de sessões de fracasso de “sessões de aconselhamento”, além de lembrar as pessoas de sua experiência na área, podem ser abordagens úteis para fazer com que as pessoas “deixem o ego de lado” e se sintam à vontade para expor suas falhas.

  3. Fazer experimentos com diferentes agrupamentos | Com base em nossa experiência, ficou claro que os participantes tinham ideias diferentes sobre o que era de alto risco ou não e o que consideravam “privado” ou “público”. Experimentar diferentes tipos de agrupamentos de público (por exemplo, pelo nível na carreira) pode ser útil para  incentivar a segurança psicológica. Outro agrupamento poderia ser em torno de metas compartilhadas – houve um alto envolvimento em nossa sessão quando as pessoas faziam parte do mesmo projeto. Mas até mesmo os profissionais que trabalham no mesmo projeto podem se ver competindo por recursos de doadores se estiverem em organizações diferentes. Além disso, esses agrupamentos podem reduzir a heterogeneidade e a perspectiva, dado valioso para reconhecer e aprender com os fracassos.

  4. Facilitar o compartilhamento | Incentivar os participantes a refletir sobre experiências passadas antes da sessão pode ser útil para ajudá-los a se prepararem para compartilhar um fracasso. Os organizadores podem experimentar modelos simples para contar histórias de fracasso ou incentivar as pessoas a compartilharem suas falhas do modo que se sintam mais confortáveis. Limitar a duração foi importante, em nosso caso, para incentivar todos os participantes, mesmo os que não se achavam bons narradores ou não eram fluentes no idioma, a se envolverem na atividade. O anonimato pode incentivar o compartilhamento, principalmente entre os indivíduos em início de carreira ou aqueles que sentem que sua segurança no emprego esteja em risco.

  5. Adquirir o hábito de compartilhar o que funciona e o que não funciona | Trabalhamos em ambientes complexos, o que significa que provavelmente experimentamos sucessos e fracassos em nossos projetos e iniciativas. A incorporação de oportunidades de aprendizado e reflexão contínuos em fases de implementação pode ajudar as equipes a aprender com os sucessos e fracassos e melhorar o desempenho de acordo com eles. As revisões durante e depois do processo – com foco no aprendizado, não na culpa – são ferramentas simples, mas poderosas, que fomentam uma cultura de aprendizado contínuo, melhoram a comunicação e o feedback dentro das equipes e promovem as habilidades e a confiança necessárias para discutir tanto os aspectos positivos quanto os negativos.

A saúde global enfrenta grandes desafios, como a mudança climática, crises de saúde mental e doenças infecciosas emergentes. A solução desses problemas exige coordenação, colaboração e inovação – e conversas honestas. Não podemos nos dar ao luxo de compartilhar apenas histórias de sucesso e esconder nossos fracassos. Embora o compartilhamento de fracassos possa ser um comportamento novo para muitos profissionais de saúde global, é fundamental que o incentivemos, oferecendo uma variedade de fóruns – dentro e entre projetos e organizações, países e regiões – que promovam a confiança e o aprendizado para avançar nossas abordagens e melhorar e salvar a vida das pessoas.

AS AUTORAS

Ruwaida Salem é oficial sênior de programa II no Johns Hopkins Center for Communication Programs. Com mais de 20 anos de experiência em saúde global, ela projeta, implementa e gere programas de gerenciamento de conhecimento para melhorar o acesso e o uso de informações críticas de saúde entre os profissionais de saúde em todo o mundo.

Neela A. Saldanha é diretora-executiva da Yale Research Initiative on Innovation and Scale (Y-Rise) na Universidade Yale. Ela também presta consultoria a várias organizações e, anteriormente, foi a diretora fundadora do Center for Social and Behaviour Change da Ashoka University, na Índia. Neela foi mencionada na revista Forbes entre os “Dez cientistas comportamentais que você deve conhecer”.

Anne Ballard Sara é diretora sênior de programas no Johns Hopkins Center for Communication Programs. Ela lidera atividades de gerenciamento de conhecimento para apoiar o aprendizado e criar oportunidades de colaboração e troca de conhecimento entre aqueles que trabalham com saúde pública.

Elizabeth Tully é oficial sênior de programas no Johns Hopkins Center for Communication Programs. Ela apoia parcerias com programas de planejamento familiar/saúde reprodutiva para fortalecer a gestão do conhecimento e os componentes de compartilhamento de conhecimento de seu trabalho.

Tara M. Sullivan é diretora de gestão do conhecimento (KM) do Johns Hopkins Center for Communication Programs e diretora do projeto Knowledge Success. Ela é instrutora no KM for Effective Global Health and Development na Bloomberg School of Public Health. Seu trabalho fez avançar a pesquisa e a prática em KM.



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