Transformando a filantropia pelos intermediários
Líderes de várias organizações intermediárias falam de como imaginam seu papel no cenário filantrópico e como esperam mudá-lo
Por Sonya Childress, Sahar Driver, Aldita Amaru Gallardo, Jennie Goldfarb, Allistair Mallilin, Lindley Mease, Alicia Sanchez Gill e Angela Vo
Em novembro de 2022, Mackenzie Scott anunciou que havia doado quase US$ 2 bilhões para 343 organizações, muitas das quais “fundos”, no dizer dela. Em 2021, a Fundação Libra, organização familiar com sede em San Francisco, anunciou US$ 10 milhões para intermediários responsáveis pela comunidade, nomeando a importância desses atores, que priorizam relacionamentos de confiança com seus parceiros da linha de frente. Enquanto isso, o Bridgespan Group e a Fundação Bill e Melinda Gates firmaram uma parceria para pesquisar colaborações filantrópicas, “incluindo aquelas que reúnem ou alinham recursos de vários doadores e os destinam a um objetivo comum”.
Apesar desse reconhecimento vindo de financiadores e instituições grandes e influentes, os papéis das organizações intermediárias nem sempre são claros para aqueles que estão fora delas – financiadores e beneficiários. Com apenas um ou outro artigo publicado descrevendo seus métodos e impacto, existem lacunas significativas de conhecimento sobre como e por que esses modelos existem, sem falar em como eles poderiam ser chamados.
Diante disso, compartilhamos o que esse modelo significa para nós neste momento. Representamos organizações comprometidas em fornecer recursos para iniciativas de base lideradas por e para aqueles que constroem movimentos em prol da justiça. Estamos dedicados a transformar a forma como o capital é direcionado às comunidades desfavorecidas pelo supremacismo branco, capitalismo racial, colonialismo e heteropatriarcado — as mesmas comunidades sobre as quais a filantropia construiu sua riqueza.
Nosso objetivo não é representar todas as organizações intermediárias. Tampouco pretendemos apresentar uma lista completa de organizações que compartilham da nossa filosofia – há muitas outras com as quais já estamos conectados ou gostaríamos de nos conectar. Esperamos iniciar uma conversa ao lançar luz sobre como são nossas estruturas organizacionais, por que elas têm esse formato e quais são nossas aspirações para o futuro. Estamos fazendo isso em grupo porque sabemos que, com maior colaboração, nosso poder coletivo cresce. Todas as questões com as quais trabalhamos estão interligadas; precisamos uns dos outros para vencer.
Nascidos dos movimentos, não apenas para eles
O que é, afinal, um intermediário? Não há uma definição comum, pois podemos desempenhar muitos papéis diferentes e atender a diversos propósitos.
Um artigo de 2017 no site da Peak Grantmaking descreveu intermediários como “organizações orientadas por uma missão e que buscam conectar de forma mais eficaz doadores (indivíduos, fundações e corporações) com organizações e indivíduos que fornecem serviços de caridade”. Por outro lado, um ensaio mais recente na Nonprofit Quarterly sobre o “papel em transformação” dos intermediários afirmou que “uma nova geração de líderes está emergindo em comunidades racializadas, afirmando sua autonomia em relação às estruturas organizacionais tradicionais e desafiando diretamente o pensamento e as práticas filantrópicas convencionais”.
No espaço dos movimentos por justiça social, os “fundos intermediários comunitários”, conforme os entendemos, são organizações que ajudam a direcionar recursos para o ativismo liderado pelas pessoas. Elas nasceram dos próprios movimentos, e nosso objetivo final com elas é reduzir a infraestrutura filantrópica. Existimos porque os movimentos nos pediram para ajudar a movimentar recursos de forma mais eficaz, incorporar práticas de concessão de subsídios mais equitativas em todo o setor e trabalhar em prol do desaparecimento da filantropia. Nossas organizações não foram criadas como abrigos fiscais ou ferramentas para manipular mercados financeiros e status social. Elas nasceram da pergunta feita aos líderes comunitários: “Do que vocês precisam?”, antes mesmo de decidir se deveríamos ou não existir.
O trabalho que financiamos é liderado por pessoas desproporcionalmente impactadas pela opressão sistêmica, o que inclui – mas não se limita a – pessoas negras, afrodescendentes, indígenas, latinas, asiáticas e das ilhas do Pacífico, trans, mulheres, camponesas, pessoas oprimidas por castas e outros grupos identitários historicamente subfinanciados. Internamente, nossas organizações são majoritariamente compostas por pessoas não brancas, com experiências de vida e profissionais diversas, e nossa liderança reflete as comunidades que servimos e/ou décadas de experiência em trabalhos alinhados a esses valores.
Por exemplo, o Fundo para Gerações Trans (FTG, na sigla em inglês, com sede na Borealis Philanthropy) desempenha um papel crucial ao fornecer recursos para grupos liderados por pessoas trans que tiveram acesso limitado a fontes nacionais de financiamento. Conforme revela o relatório de monitoramento mais recente de 2021 da Funders for LGBTQ Issues, “o financiamento para organizações trans negras diminuiu tanto em termos de valores quanto como parcela do financiamento geral para a comunidade LGBTQ”, apesar de mulheres e pessoas não binárias negras trans enfrentarem níveis alarmantes de violência concentrada.
Uma de nós (Aldita Gallardo), como ex-oficial de programa do FTG, testemunhou o impacto significativo que subsídios de apoio geral e de longo prazo podem ter em organizações emergentes lideradas por pessoas trans não brancas. O Acorn Center for Restoration and Freedom, uma organização apoiada pelo FTG, conseguiu expandir seu trabalho comunitário de cuidado e cura e começou a administrar um pequeno terreno na zona rural da Geórgia para oferecer refúgio e descanso a organizadores negros trans. O apoio do FTG ao Acorn e a grupos semelhantes proporciona um suporte que anteriormente não existia no setor filantrópico ou existia apenas de forma simbólica. Além disso, quando um financiador mira explicitamente uma questão de um beneficiário e a equipe da fundação compartilha identidades semelhantes, é possível romper com dinâmicas tradicionais paternalistas de “caridade” e adotar um modelo baseado no cuidado mútuo.
Nossas organizações arrecadam cada dólar de nossos orçamentos. Não temos fundos patrimoniais investidos no mercado de ações. Enquanto as fundações são obrigadas a distribuir apenas 5% de seus recursos a cada ano, nós utilizamos entre 50% 80%. Grande parte do restante é direcionada a suporte adicional e programas que ampliam nosso trabalho de concessão de subsídios. Acreditamos que nosso papel não é acumular riqueza, mas canalizar recursos para aqueles que podem usá-los da melhor forma. Assim, a maioria dos recursos que entram em nossas organizações é distribuída no prazo de um ou dois anos após a data da doação.
Expandindo o alcance e o acesso filantrópico
Um elemento crítico da missão de intermediários comprometidos com movimentos é contornar o desenho injusto da filantropia institucional. Embora a replicação em um sistema possa ser importante para construir resiliência, em meio a tantos desequilíbrios de poder, buscamos minimizar esforços duplicados e construir de forma simbiótica. Devemos ser, e somos, criteriosos sobre quando e onde a infraestrutura filantrópica é realmente necessária. Sempre que possível, orientamos os financiadores a direcionarem recursos diretamente para organizações locais, em vez de passarem por nós.
O relatório fundamental do Clima Fund, Soil to Sky: Climate Solutions that Work (Do solo ao céu: soluções climáticas que funcionam), demonstra o poder, o alcance e a eficácia das soluções de base comunitária no enfrentamento dos problemas mais desafiadores de nosso tempo. No entanto, a tendência de doadores a apoiar aquilo que lhes é próximo e que reforça suas suposições subjacentes cria uma enorme lacuna de financiamento em torno das estratégias transformadoras necessárias para enfrentar o conjunto de crises que ameaçam a identidade global. É fundamental abordar os preconceitos na filantropia que perpetuam desigualdades no financiamento, incluindo:
Acesso: muitos grupos oprimidos, como negros, indígenas e pessoas não brancas em geral, têm poucas conexões com indivíduos na filantropia institucional. O racismo estrutural privou-as de acessar recursos e relacionamentos essenciais, uma tendência problemática agravada por uma cultura baseada em redes de contatos e indicações boca a boca. A filantropia pode ser uma caixa fechada – frequentemente um espaço elitista dominado por normas sociais que apenas quem está dentro dela compreende.
Concepções errôneas sobre capacidade e falta de confiança: os ativos líquidos não restritos de organizações lideradas por pessoas negras são 76% menores do que os de organizações lideradas por pessoas brancas. Apesar das concepções errôneas dos financiadores, movimentos de base possuem uma capacidade significativa para absorver recursos reais. Apenas as organizações das coautoras deste texto poderiam direcionar bilhões de dólares para trabalhos transformadores de movimentos, se tivessem os recursos. É por isso que estamos vendo uma pressão crescente por iniciativas como a criação de fundos patrimoniais para organizações negras de mudança social.
Negligência: grandes financiadores frequentemente rotulam como “arriscadas” questões e estratégias que mais necessitam de apoio, como reparações, libertação palestina, apoio a trabalhadores sexuais ou esforços de devolução de terras indígenas. No entanto, são esses grupos que estão promovendo os apelos mais audaciosos e alinhados ao que é necessário para uma verdadeira democracia multirracial, pela igualdade de gênero e por um planeta habitável. Enquanto isso, a maior parte do financiamento das fundações continua a apoiar iniciativas que perpetuam o statu quo.
Fundos como o Clima, uma colaboração entre quatro fundações públicas que trabalham juntas para oferecer um suporte contínuo a organizações de base, facilitam para que grandes filantropias direcionem subsídios a uma diversidade de grupos em todo o mundo, construindo e mantendo relacionamentos profundos com esses grupos. Eles gerenciam a administração, o planejamento, a análise, a validação e a avaliação de milhares de subsídios. Financiadores maiores, que frequentemente não possuem a infraestrutura e os relacionamentos necessários para alcançar organizações de base, podem investir em fundos intermediários para aprender com movimentos locais, regionais e globais e estabelecer parcerias com eles.
Agilidade e resiliência em tempos de crise
Como os movimentos têm historicamente se apoiado em respostas criativas e coletivas a crises como oportunidades estratégicas para construir poder, intermediários podem atuar como infraestrutura crítica para essas iniciativas.
O Emergent Fund, um fundo de concessões participativas liderado por mulheres queer não brancas e por movimentos sociais, fornece exatamente esse tipo de apoio rápido e emergente a organizações lideradas por pessoas negras, indígenas e de cor na linha de frente, por meio de doações baseadas em confiança, sem amarras. Por exemplo, o Emergent Fund foi um dos primeiros no setor a financiar a organização abolicionista por trás dos movimentos Stop Cop City e Defend Atlanta Forest, que visam impedir a destruição de uma grande área da floresta Weelaunee e a construção da maior instalação de treinamento policial dos EUA. Como descreve um relatório do Brookings Institute, o Stop Cop City é “a mais recente luta em um movimento maior” para combater os danos desproporcionais e cumulativos causados pela “relação entre lugar, policiamento e clima”.
O Emergent Fund também arrecadou e mobilizou mais de US$ 500 mil não restritos para organizadores palestinos, muçulmanos e judeus que demandam um cessar-fogo imediato. Além do financiamento, eles organizaram um treinamento de segurança e proteção com o Vision Change Win para financiadores aliados e se empenharam em normalizar o apoio filantrópico corajoso à solidariedade palestina, como um dos signatários iniciais da carta aberta “Funders For a Ceasefire Now” e com sua própria declaração sobre o tema, “Let Gaza Live”. Historicamente, a filantropia tem se calado sobre a questão palestina, e, neste momento de dor e sofrimento intensificados, apoiar a segurança e o pertencimento de palestinos, israelenses, muçulmanos e judeus é mais importante do que nunca.
Intermediários como o Emergent Fund estão mais bem posicionados do que financiadores institucionais, tanto em seus relacionamentos quanto em seus mecanismos de financiamento, para mover capital rapidamente quando nossos movimentos mais precisam, com agilidade e resiliência como prioridades.
Mais do que dinheiro
Sabemos que nossos melhores recursos somos nós mesmos, e é por isso que nossas organizações colocam os relacionamentos em primeiro lugar. Valorizamos profundamente a cocriação e a colaboração com nossos parceiros beneficiários, nossos pares filantrópicos e entre nós mesmos. Essa é a base de tudo o que fazemos em relação à concessão de subsídios e programas adicionais, incluindo esforços de capacitação e assistência técnica. Entendemos que financiar movimentos significa ir além de simplesmente assinar um cheque.
Comparativamente, a filantropia privada pouco investe na construção de relacionamentos e tem abordado a capacitação de maneira padronizada. Na verdade, muitos esforços genéricos de capacitação nos EUA têm sido prejudiciais, sendo inacessíveis para organizações sem fins lucrativos que atendem comunidades de cor e promovendo ferramentas, workshops e recursos projetados por consultores brancos para organizações brancas e convencionais. Fora do território americano, subsídios para capacitação tendem a perpetuar tendências paternalistas em doações restritas, limitando ainda mais o financiamento essencial de que grupos de base necessitam.
Por outro lado, liderado por duas mulheres não brancas, veteranas no setor documental, o Color Congress opera três programas, dois de subsídios e um de associação gratuita para organizações documentais lideradas por pessoas de cor e que atendem essas comunidades. Um programa de subsídios irrestritos oferece doações únicas a organizações documentais que fornecem recursos vitais a documentaristas não brancos, enquanto o segundo é um fundo de construção de campo dirigido pelos membros, que atende às necessidades e ambições coletivas de seus participantes. Em 2022, o fundo permitiu que as organizações membros moldassem um cardápio de recursos de assistência técnica que mais os beneficiaria. Esse modelo de liderança horizontal reduz a dependência da equipe do programa, cultiva a colaboração em vez da competição entre os membros e também maximiza os recursos financeiros disponíveis. Além disso, garante que todas as mais de cem organizações-membro possam acessar suporte organizacional, independentemente de receberem ou não um subsídio irrestrito. No futuro, esse fundo será destinado a financiar intervenções culturais, políticas ou econômicas promovidas pelos membros para fortalecer seu poder coletivo.
As iniciativas da Liberation Ventures também vão além do dinheiro. Além de mobilizar milhões (recentemente foi anunciada sua terceira rodada de doações, no valor de US$ 3,4 milhões para 44 organizações majoritariamente negras dedicadas a reparações), elas organizaram o Reparations Narrative Lab, uma comunidade de prática dentro do movimento de reparações e justiça racial. O objetivo é apoiar organizações do movimento de reparações na construção de apoio público à causa, por meio de quatro pilares principais: aprender, criar, difundir e incorporar ideias que abram a mente das pessoas para as reparações. Neste ano, eles também formaram um comitê de direção composto por mulheres negras para criar uma estratégia de concessão de subsídios para o movimento de reparações, além de patrocinar uma série diversificada de oportunidades, incluindo residências restaurativas com o Instituto Windcall, uma próxima coorte de aprendizado em captação de recursos, remuneração para participação em conferências e eventos, entre outros.
Nossas organizações estão bem posicionadas para oferecer esse suporte porque nossos guias são os movimentos dos quais nascemos. Nossos relacionamentos estão enraizados em um compromisso compartilhado com uma visão mútua – “respondemos” aos movimentos, não a curadores ou forças de mercado.
De guardar portões a abrir portões
Os intermediários são gatekeepers [aqueles que definem quem tem acesso ou não, no caso aos recursos]? Como podem evitar sê-lo? Essas são questões essenciais para todos os intermediários comprometidos com transparência e responsabilidade. Como “conectores”, estamos posicionados simultaneamente como pares e como detentores de poder. À medida que os movimentos constroem poder, o papel dos intermediários precisa necessariamente se transformar para permitir maior acesso. As regras do jogo na filantropia promovem escassez e competição, e os intermediários podem trabalhar para confrontar essas dinâmicas, concentrando-se continuamente em abrir – e, em última instância, demolir – os portões da filantropia.
Abrir portões exige ação criativa. Com frequência, a filantropia privada preocupa-se demais com a aceitação, permanecendo em silêncio sobre questões por medo de ser “radical demais” ou de desagradar seus conselhos majoritariamente brancos e elitistas. Desde o início dos anos 1990, o Third Wave Fund tem desafiado o setor filantrópico sobre o que é “aceitável” ao apoiar feministas negras, indígenas e de cor à margem da sociedade. Em 2018, lançou o Sex Worker Giving Circle, porque trabalhadores sexuais são os mais capacitados para enfrentar e transformar as condições opressivas de suas próprias vidas. Intermediários têm, podem e devem usar seu poder posicional para financiar questões que a filantropia convencional ignora.
Para nossas organizações, responsabilidade e consideração do poder são princípios orientadores de como operamos. Mais importante ainda, devemos operar com transparência, cultivando uma comunicação ativa com os grupos de movimentos que servimos. Existem várias maneiras de praticar esses valores. Alguns exemplos incluem:
Relacionamentos: podemos conectar diretamente nossos parceiros de movimentos a outras oportunidades de financiamento e a atores com poder estrutural que possam apoiar seus objetivos.
Compartilhar convites para palestras e oportunidades: quando somos convidados a falar ou organizamos eventos públicos, incluímos os líderes que apoiamos, seja para nos acompanhar ou até mesmo substituir nossa presença. Além disso, podemos cobrir os custos para que eles participem.
Mecanismos de feedback e prestação de contas anuais: regularmente, pedimos feedback à nossa comunidade e compartilhamos os resultados, acompanhados de um plano para abordar preocupações. Também compartilhamos com nossos parceiros de movimentos nossas metas anuais, estratégias e o progresso realizado.
Processos de criação compartilhada de estratégia: intermediários responsáveis podem testar hipóteses com seus parceiros de movimentos e ajustar-se com base em suas contribuições. Compartilhamos como e por que estamos indo em determinada direção e quais colaborações são necessárias para alcançar metas compartilhadas.
Representação nas estruturas de governança: envolvemos parceiros de movimentos na governança de nossas organizações, incluindo cargos na equipe, conselhos e papéis consultivos. Por exemplo, o Native Voices Rising envolve a Community Reviewers, uma comunidade de líderes e ativistas nativos que têm poder de decisão sobre a concessão de subsídios do fundo. Essas posições são remuneradas, e os participantes recebem capacitação para avaliar subsídios de forma significativa. Mais importante, operam por consenso e têm um profundo sentido de responsabilidade relacional, semelhante à forma como parentes cuidam uns dos outros.
Coautoria: escrevemos artigos em conjunto e incorporamos exemplos das organizações que apoiamos. Recentemente, a Liberation Ventures escreveu um artigo para a SSIR com um de seus parceiros de movimentos.
Grantmaking participativo: criamos estruturas que permitem que os parceiros de movimentos tomem decisões sobre como, onde e para quê os recursos financeiros devem ser direcionados. Por exemplo, desde sua criação em 2016, o Fund for Trans Generation toma decisões por meio de um processo participativo de grantmaking liderado por um comitê consultivo de sete membros para garantir a participação e responsabilidade da comunidade trans.
Crescendo com coragem