A edição especial Futuros possíveis da Stanford Social Innovation Review Brasil reúne artigos e entrevistas que discutem como a inteligência artificial está redefinindo modos de pensar, decidir e viver em sociedade. Com oferecimento da Fundação Itaú, a publicação propõe um debate amplo sobre dilemas éticos, desafios democráticos e oportunidades de inovação no Brasil e no mundo.
No artigo de abertura, “O direito à realidade”, Eduardo Saron reflete sobre o imperativo ético e político de reivindicar o que é real diante da manipulação digital e da estética sintética da vida. Em seguida, “Entre utopias, distopias e o que realmente importa”, de Dora Kaufman, examina como a IA ocupa o centro das disputas sobre democracia, valores humanos e esferas públicas. Já “Contra a métrica do mundo”, de Nina da Hora, discute como os algoritmos carregam heranças de exclusão e propõe caminhos de emancipação coletiva.
Diversos artigos trazem o debate sobre tecnologia, educação e juventude. Em “Juventude digital, desafios reais”, João Alegria expõe a necessidade do letramento midiático para entender as lógicas invisíveis das redes. “Quando a tecnologia ensina, quem aprende?”, de Paulo Blikstein e Izidoro Blikstein, questiona o papel das plataformas digitais na educação. “Educar para além do algoritmo”, de Gabriel Corrêa, propõe cautela na adoção da inteligência artificial pelas escolas.
No artigo “Arte com [e contra] os algoritmos”, Rejane Cantoni explora o desafio de usar a IA como ferramenta criativa. Por sua vez, “A diversidade como vantagem estratégica”, de Daniella Castro e Gabriella Seiler, defende que a heterogeneidade cultural, genética, social e ecológica do Brasil pode ser solo fértil para a criação de sistemas de inteligência artificial mais robustos.
“IA com propósito”, de Célia Cruz e Cássio Aoqui, “O labirinto da decisão algorítmica”, de Virgílio Almeida, Ricardo Fabrino Mendonça e Fernando Filgueiras, e “A IA achada na rua”, de Ronaldo Lemos e João Victor Archegas, apresentam desafios práticos de regulação, inclusão e democracia. “Tempo, ciência e futuro”, de Fernanda Ravagnani e “Visão de longo prazo, ação no presente”, de Fernanda Teixeira Ribeiro, destacam a utilização da IA nas universidades e na construção de políticas públicas.
A edição conta ainda com a entrevista “O que esperar da inteligência artificial hoje e nos próximos anos”, em que o neurocientista e futurista Álvaro Machado Dias explora como a IA pode transformar nossa forma de pensar, agir e viver coletivamente.
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