A edição especial Saúde mental: o desafio coletivo nas escolas da Stanford Social Innovation Review Brasil apresenta análises, relatos de campo e propostas para enfrentar o aumento de transtornos mentais entre crianças e adolescentes. Com oferecimento do Infinis – Instituto Futuro é Infância Saudável e da Fundação José Luiz Setúbal, a publicação enfatiza a criação de redes de cuidado intersetoriais, a qualificação de educadores, o envolvimento das famílias e o uso responsável de tecnologias digitais para prevenção e intervenção precoce.

No artigo de abertura, “Tempo de cuidar”, Rodrigo Bressan e Pedro Pan defendem uma nova cultura de cuidado nas escolas, com educadores preparados, participação ativa das famílias e estratégias de atenção precoce. Em “Formar, acolher, proteger: a (necessária) agenda das escolas”, Caio Borba Casella, Julia Luiza Schaefer, Carolina Martins Costa, Patricia Bado, Dayana Rosa, Priscila Borges e Giovanni Abrahão Salum discutem limites institucionais e experiências que apostam na formação docente, na escuta sensível e na construção de pertencimento.

“Por uma cultura do acolhimento”, assinado por Dayana Rosa, Filipe Asth, Priscila Borges e Rebeca Freitas, aborda os desafios para colocar em prática a Lei 14.819/2024, criada para enfrentar a negligência histórica em saúde mental de crianças e adolescentes. Em “A violência como manifestação da dor”, Talita Bueno Salati Lahir e Cleone Aparecida Garcia analisam como o sofrimento emocional aparece associado à violência no cotidiano escolar e propõem caminhos para uma atuação intencional das instituições de ensino.

No campo da prevenção do suicídio, “Saber que a vida vale a pena”, de Karen Scavacini, aponta estratégias baseadas em evidências e defende ações integradas e intersetoriais. Já “Tecendo redes de cuidado”, de Vládia Jucá, mostra como a articulação entre saúde, educação e comunidade, com escuta ativa e protagonismo estudantil, é decisiva para responder ao aumento do sofrimento psíquico.

A seção Histórias do campo traz experiências que inspiram soluções práticas: “Além do conteúdo: educação integral” e “Letramento emocional desde cedo”, de Fernanda Teixeira, destacam a articulação entre gestão, formação docente e engajamento comunitário; “Convivência: rede de apoio institucional” e “Gente adolescente e protagonista”, de Fernanda Ravagnani, mostram como vínculos e participação juvenil fortalecem a rede de cuidados; por fim, “Foco no diagnóstico da saúde mental”, de Frances Jones, apresenta um mapeamento de desafios em contexto escolar no município de Breves, arquipélago do Marajó (PA).

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