O futuro da filantropia é feminino
Se são as mulheres que detêm cada vez mais riqueza, como o setor social pode se estruturar para atender às suas necessidades?
Por Heather McLeod Grant e Jessica Robinson Love
C erca de US$ 35 trilhões em breve estarão nas mãos das mulheres, complementando a renda que elas ganham com o trabalho. Esse montante vem de um processo chamado de Transferência de Riqueza Iminente, uma grande movimentação de patrimônio entre gerações, especialmente quando pessoas mais velhas transferem suas riquezas para seus herdeiros, na qual as mulheres estão inseridas.
O que elas vão escolher fazer com esse dinheiro? Quanto elas vão investir, gastar, compartilhar com seus herdeiros ou devolver para a sociedade? Como consultores de doadores e organizações sem fins lucrativos, sabemos de antemão o impacto que essa riqueza pode gerar e estamos otimistas de que uma boa parte dela será direcionada para a filantropia ou para investimentos alinhados a valores comuns, a fim de enfrentar os problemas mais urgentes do mundo. Isso não é apenas um desejo otimista: dados indicam que as mulheres são mais generosas do que os homens.
Basta observar as mulheres com maior patrimônio que ganharam destaque por doarem suas fortunas. Melinda Gates tem trilhado seu caminho na filantropia por meio da Pivotal Ventures desde seu divórcio com Bill Gates e recentemente se comprometeu a destinar US$ 12 bilhões para o empoderamento feminino. MacKenzie Scott chamou atenção na mídia ao doar mais de US$ 19 bilhões para milhares de organizações sem fins lucrativos em poucos anos, por meio da Yield Giving. Laurene Powell Jobs tem desenvolvido sua plataforma filantrópica, a Emerson Collective, há mais de uma década. E não se trata apenas das bilionárias. Esses são exemplos que sinalizam uma tendência maior e mais sutil que está começando a remodelar a filantropia, e que traz implicações importantes para doadores de todos os níveis, gestores de patrimônio, consultores de doadores e o setor social como um todo.
Como consultores de longa data para famílias e doadores individuais, percebemos que nossas clientes tendem a abordar suas doações de maneira diferente de seus cônjuges (no caso de relacionamentos heterossexuais) e possuem necessidades distintas em relação aos seus equivalentes masculinos – seja como geradoras de riqueza, esposas de geradores de riqueza ou herdeiras de fortunas familiares. Instigados a explorar essa tendência, nos unimos às consultoras de doação Kimberly Dasher Tripp, da Strategy for Scale, e Miki Akimoto, do National Center for Family Philanthropy (NCFP), para conduzir um programa-piloto orientando um pequeno grupo de mulheres recém-enriquecidas da região de San Francisco em suas práticas filantrópicas. Também analisamos pesquisas acadêmicas sobre mulheres doadoras, participamos de conferências importantes, como Women Moving Millions, e entrevistamos diversas líderes do campo da filantropia.
Nossa conclusão: o futuro da filantropia é feminino – e as mulheres são um ponto estratégico fundamental para ampliar as doações e torná-las mais impactantes e equitativas na próxima década.
As mulheres podem destravar o potencial da filantropia?
Tornou-se um consenso no setor social que uma quantidade excessiva de capital filantrópico permanece à margem, mesmo diante dos desafios sociais, políticos e ambientais extraordinários que o mundo enfrenta. Nas últimas duas décadas, testemunhamos uma geração de riqueza sem precedentes, acompanhada por um aumento da desigualdade de renda, o que leva ao surgimento de uma nova classe de multimilionários e bilionários. O número de bilionários nos Estados Unidos está se aproximando de 800, enquanto, globalmente, já são quase 3 mil. Atualmente, há cerca de 10 mil centimilionários norte-americanos e quase 3 milhões de lares nos EUA com um patrimônio líquido entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões. Estamos, de fato, vivendo uma nova “Era Dourada”.
Ao mesmo tempo, os setores de gestão de patrimônio, investimento de impacto e filantropia também estão passando por um período de rápida expansão, disrupção e inovação. Na última década, houve uma explosão de grupos de assessoria e educação para doadores, círculos de doação, fundos colaborativos ou conjuntos, redes de investimento de impacto, prêmios filantrópicos e compromissos de doação. Ainda assim, a maioria dos ultrarricos ainda doa menos de 1% de seus ativos, enquanto seus investimentos continuam crescendo a taxas de 10% ou mais ao ano. Em resumo, a filantropia tem um problema matemático.
Muitos desses novos doadores têm as melhores intenções – alguns até assinaram o famoso Giving Pledge, um compromisso filantrópico criado em 2010 por Bill Gates e Warren Buffett, no qual bilionários se comprometem a doar pelo menos 50% de sua fortuna para causas sociais ou filantrópicas, seja em vida ou em testamento –, mas acabam ficando paralisados por uma série de razões. Muitos são jovens (entre 30 e 50 anos) e estão ocupados administrando empresas, criando e gerenciando sua riqueza e cuidando de suas famílias. Além disso, há barreiras psicológicas reais para a doação, conforme revelado recentemente em um relatório de nossos colegas do NCFP e da Arabella. Outro fator complicador são os veículos financeiros, como os donors-advised funds (DAFs), que permitem que indivíduos com patrimônio líquido extremamente alto obtenham um benefício fiscal imediato, sem incentivos ou exigências para transferirem esses fundos para organizações sem fins lucrativos.
Além disso, a filantropia se tornou mais complexa: os doadores de hoje querem ser estratégicos, utilizar múltiplos veículos, empregar todo o seu capital, promover mudanças sistêmicas, medir seu impacto e adotar abordagens baseadas na confiança. O setor social também se encontra altamente fragmentado, com milhares de organizações valiosas enfrentando problemas profundos, como mudanças climáticas, falta de moradia e proteção da democracia. Diante desse cenário desafiador e sem incentivo real para doar, muitos doadores acabam estagnados.
Mas há soluções surgindo para resolver esse impasse filantrópico, incluindo o foco nas mulheres como agentes importantes de mudança. Acreditamos que elas são fundamentais para destravar o capital filantrópico, não apenas porque estão começando a exercer mais influência sobre a riqueza familiar e a tomada de decisões financeiras, mas também porque estão muito mais envolvidas em suas comunidades, têm maior inclinação para retribuir do que os homens e são mais propensas a alinhar seu capital com seus valores.
De fato, há dados significativos que mostram que as mulheres estão conquistando seu espaço tanto financeiramente quanto na filantropia. Atualmente, elas controlam um terço de todos os ativos financeiros das famílias dos EUA (cerca de US$ 10 trilhões) e 40% da riqueza mundial. Nos lares de alta renda, elas já são as principais ou corresponsáveis pelas decisões em compras, gastos e investimentos. Elas já influenciam 85% do consumo e, segundo pesquisas, agora também influenciam ou tomam 85% das decisões relacionadas à filantropia familiar.
Além disso, as mulheres tendem a ser duplamente herdeiras na iminente transferência de riqueza na próxima década: de seus pais e de parceiros do sexo masculino em casais heterossexuais, já que, frequentemente, vivem mais do que eles. Isso se soma ao dinheiro que as mulheres ganharam ao longo da carreira e investiram por conta própria. Até 2030, de acordo com a McKinsey, elas controlarão 70% da transferência estimada de US$ 50 trilhões em ativos da geração nascida entre meados dos anos 1940 e 1960. Portanto, se o setor social quiser acompanhar o movimento do mercado e movimentar mais dinheiro, todos nós deveríamos focar mais nas mulheres.
As mulheres doam de forma diferente
Assessorando doadoras, temos observado diferenças notáveis na forma como as mulheres abordam a filantropia, o que é respaldado em dados e pesquisas do Women’s Philanthropy Institute (WPI) da Universidade de Indiana. Para começar, as mulheres ainda enfrentam barreiras específicas na filantropia e no investimento de impacto. Isso ocorre em parte, porque, até muito recentemente, os homens eram tradicionalmente os principais provedores financeiros, herdeiros de fortunas familiares e gestores das finanças da família. Dessa forma, toda a indústria de gestão de patrimônio se desenvolveu em torno das necessidades dos homens, e as mulheres não foram incentivadas ou apoiadas a assumir o controle de seus próprios ativos. As mulheres têm uma tendência maior de se sentir em conflito em relação à sua riqueza e, por isso, buscam apoio para iniciar suas doações, mas o setor não acompanhou esse movimento nem se adaptou às suas necessidades.
Também identificamos várias maneiras de as mulheres aproveitarem seus próprios pontos fortes para aumentar tanto o impacto quanto a satisfação geral com suas doações. Segundo o Women’s Philanthropy Institute (WPI), a forma como as mulheres doam é diferente da dos homens conforme os seguintes parâmetros (este é um resumo de múltiplos relatórios):
Mulheres doam mais em relação ao total de seus ativos: Mulheres solteiras têm maior probabilidade de doar do que homens solteiros; elas doam mais e para um número maior de causas. Já as casadas influenciam seus cônjuges a se tornarem doadores.
Mulheres doam de forma mais abrangente que os homens: Elas distribuem suas doações entre um número maior de organizações, enquanto os homens tendem a concentrar suas doações em menos iniciativas e em quantias menores, geralmente para grandes instituições.
Mulheres são mais participativas: Elas se envolvem mais no voluntariado do que os homens, inclusive em locais onde fazem doações financeiras – ou seja, há uma maior correlação entre seu tempo, talento e recursos financeiros.
Mulheres são mais colaborativas: Elas têm maior tendência a participar de doações coletivas, como círculos de doação, e também são mais propensas a buscar a opinião de outras pessoas ao decidir para onde doar.
Mulheres valorizam mais as relações: Elas costumam envolver múltiplas gerações da família em suas práticas de doação e se comunicam melhor com as organizações que apoiam, em comparação aos homens.
Mulheres doam com um olhar de gênero: Elas tendem a contribuir mais para causas que apoiam mulheres e meninas, e são mais propensas a doar para iniciativas de justiça racial e equidade.
Das margens para o protagonismo
Como as mulheres doam de maneira diferente, faz sentido que também queiram ser abordadasde forma distinta por seus gestores de patrimônio e consultores de doação, sem serem tratadas como iguais ou inferiores a seus pares do sexo masculino. No entanto, apesar do maior poder econômico conquistado pelas mulheres, elas ainda são muito marginalizadas na gestão de patrimônio, subestimadas como líderes na filantropia e frequentemente associadas apenas a seus cônjuges. Já ouvimos inúmeras histórias de mulheres que permanecem em silêncio enquanto seus gestores de patrimônio ou consultores direcionam a conversa e as decisões para seus maridos. Também soubemos de casos em que as organizações sem fins lucrativos convidaram os parceiros das mulheres para integrar um conselho, mesmo quando ele era menos qualificado para o cargo do que sua esposa. Acreditamos que há diversas maneiras pelas quais os profissionais de gestão de patrimônio e filantropia podem adaptar suas abordagens para atender melhor esse público. E, ao fazer isso, fortalecer o suporte oferecido a toda a sua base de clientes, independentemente do gênero.
Dados da McKinsey mostram que 85% dos gestores de patrimônio são homens, e que 70% das mulheres (em casais heterossexuais) demitem seus gestores de patrimônio quando seus maridos falecem – um sinal de que a indústria ainda não atendeu adequadamente às suas necessidades específicas. Como a filantropia é uma ramificação da criação e gestão de riqueza, não é de surpreender que ela reflita as dinâmicas de gênero e raça presentes no capitalismo em geral. Embora as mulheres estejam assumindo cada vez mais o controle de ativos e tomando mais decisões financeiras, muitas empresas de gestão de patrimônio ainda não estão investindo nelas como clientes, nem estruturando suas equipes, lideranças e cultura interna para refletir essa realidade.
Por outro lado, na filantropia há poucos dados sobre a composição de gênero em organizações de consultoria para doadores ou de apoio à filantropia. De forma anedótica, parece que as mulheres (e líderes não brancos) têm conquistado espaço recentemente na liderança de grupos como Arabella Advisors, Rockefeller Philanthropy Advisors e diversas empresas do ramo. Além disso, a maioria dos fundos colaborativos agora é liderada por mulheres. No entanto, a filantropia, em sua maior parte, ainda não adota uma perspectiva de gênero nem leva em consideração as experiências das mulheres. A maioria das grandes fundações foi criada por homens e para homens, com as parceiras sendo vistas como coadjuvantes. Embora a filantropia familiar tenha começado a incluir mais mulheres e a próxima geração, as lideranças femininas e não brancasainda estão historicamente sub-representadas nos conselhos administrativos. Além disso, organizações sem fins lucrativos lideradas por mulheres recebem menos financiamento do que aquelas lideradas por homens, pois muitos processos de seleção de fundações carregam preconceitos estruturais de gênero e raça.
Além disso, as questões que envolvem mulheres e meninas são significativamente subfinanciadas, representando menos de 2% das doações globais – apesar de estarem no centro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e de serem um ponto estratégico comprovado para ampliar o impacto em praticamente qualquer área. Nos EUA, em particular, há pouca discussão sobre o financiamento de iniciativas voltadas para mulheres e meninas, em parte devido aos vieses presentes nas indústrias de gestão de patrimônio e consultoria filantrópica. Enquanto o setor tem se envolvido recentemente em debates sobre equidade racial e justiça social, a equidade de gênero continua sendo negligenciada.
O que as mulheres querem?
Os setores de gestão de patrimônio e consultoria para doadores podem fazer muito mais para levar as mulheres a sério e colocá-las no centro de suas estratégias, da mesma forma que muitos grupos começaram a priorizar justiça racial e equidade. Na verdade, o estudo da McKinsey sobre dinâmicas de gênero na gestão de patrimônio traz insights que também podem ser utilizados pelos consultores de doadores e outros intermediários filantrópicos:
“Nos próximos três a cinco anos, à medida que as mulheres assumirem cada vez mais a responsabilidade pelas decisões financeiras de suas famílias, elas se tornarão o principal campo de disputa para as empresas de gestão de patrimônio. Muitas das principais companhias já expressaram seus compromissos em atender às necessidades das mulheres. Mas essas medidas já não são suficientes. Com a crescente transferência de riqueza para as mãos das mulheres, as empresas precisarão adotar uma abordagem muito mais sistemática, transformando seus modelos de negócios e de atendimento ao cliente de maneira a atrair, reter e atender as mulheres como investidoras de longo prazo.”
Defendemos que os setores de filantropia e consultoria para doadores também levem esse conselho em consideração. Para as empresas de gestão de patrimônio ou consultoria filantrópica que desejam envolver mais mulheres – e fazê-lo de forma mais eficaz – em suas práticas de doação, compartilhamos abaixo alguns aprendizados que tivemos com nossa experiência:
Leve as mulheres a sério: Uma das razões pelas quais tantas viúvas (heterossexuais) dispensam seus gestores de patrimônio após a morte do cônjuge é o fato de que, durante anos, elas não foram ouvidas por seus consultores. Quando finalmente têm autonomia para tomar decisões, elas escolhem procurar alguém que não as trate com condescendência, não as ignore e não lhes explique as coisas de forma paternalista. Seja no setor de gestão de patrimônio ou na consultoria para doadores, será cada vez mais difícilatrair e reter mulheres como clientes sem levá-las a sério e sem colocar suas necessidades no centro das ofertas de produtos e serviços.
Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) inclui gênero: A profissão de consultoria para doadores está se diversificando. Um estudo recente da Daylight Advisors revelou que 51% dos novos profissionais da área (com menos de 10 anos de experiência) não são brancos e 65% são mulheres. No entanto, essa não é a realidade na gestão de patrimônio, que ainda tem um longo caminho a percorrer para diversificar seus talentos e refletir a diversidade de gênero e racial da população em geral e da nova geração de clientes. Além disso, as culturas organizacionais dessas empresas não foram estruturadas com uma abordagem de inclusão e pertencimento para líderes não brancos ou mulheres. Para avançar, gestores de patrimônio e consultores para doadores precisam adotar uma perspectiva mais ampla sobre DEI.
Ajude as mulheres a encontrarem sua “turma”: A partir da nossa pesquisa e da nossa experiência, observamos que muitas mulheres preferem contar com apoio para suas doações ou contribuir em parceria com suas pares. Em alguns casos, nossas clientes tiveram o suporte de que precisavam trabalhando com um gestor de patrimônio ou consultor de doações de confiança, o que as ajudou a se apropriar de habilidades historicamente centralizadas nos homens. Para outras mulheres, isso pode significar ingressar em um círculo de doação, um programa ou rede de educação para doadores – como os grupos que estamos organizando na região de San Francisco– ou uma fundação voltada para mulheres, onde possam doar e aprender coletivamente. Nossa experiência mostra que as mulheres têm maior propensão a doar, a doar mais e a doar com mais impacto quando estão na companhia de outras mulheres.
Use tanto a razão como a emoção: Acreditamos que a filantropia ideal é aquela que combina coração e mente. O foco do setor na filantropia estratégica nas últimas décadas enfatizou modelos racionais, lógicos e mais associados ao masculino, em detrimento da empatia, generosidade e confiança, traços que costumam ressoar mais com as mulheres. No fim das contas, os doadores mais satisfeitos, sejam homens ou mulheres, encontram um equilíbrio entre a doação estratégica e a doação baseada na confiança, engajando tanto a razão como a emoção nesse processo. Também incentivamos nossas clientes a encontrarem alegria no ato de doar, para que isso seja sustentável; afinal, ter impacto e sentir satisfação emocional são dois aspectos que caminham juntos.
Capacite mulheres para liderar: Não existe uma única maneira correta de doar, independentemente do gênero. A filantropia é uma jornada de desenvolvimento que envolve assumir riscos, aprender e se adaptar ao longo do tempo, abrangendo diversas abordagens, modelos, veículos, estratégias e táticas. As mulheres muitas vezes precisam de mais apoio no início para se sentirem confortáveis em correr riscos e cometer erros. Mas os retornos podem ser imensos. Temos visto mulheres assumindo seu próprio poder, tornando-se mais confiantes e liderando a filantropia de suas famílias. Seja comandando uma fundação multigeracional, estruturando as doações do casal ou envolvendo os filhos nesse trabalho. Também pode incluir o empoderamento para atravessar o processo de um divórcio ou promover uma transferência geracional de recursos de um patriarca, utilizando a filantropia como um caminho para essa nova fase da vida.
Pesquise e inove: Como mostrado ao longo deste artigo, há inúmeros dados que mostram como as mulheres doam de maneira diferente e sua sub-representação nos setores de gestão de patrimônio e consultoria filantrópica. O que ainda faltam são pesquisas mais aprofundadas e informações robustas sobre o que as mulheres realmente desejam – tanto na gestão de patrimônio quanto na filantropia – e como produtos, programas ou serviços seriam diferentes se fossem projetados com elas no centro.
O futuro dos setores de gestão de patrimônio e filantropia pertence àqueles que dedicam tempo para compreender o que as mulheres querem e se comprometem a atendê-las. Assim como esses setores estão sendo transformados pela maior diversidade racial, também devem se antecipar e se preparar para a ascensão das mulheres e da riqueza sob seu controle. As organizações que não se adaptarem correm o risco de perder clientes, comprometer seus modelos de negócios e se tornarem ultrapassadas. Mais do que isso, aquelas que não estiverem preparadas para esse momento perderão uma grande oportunidade de impacto social e ambiental. Acreditamos firmemente que as mulheres são uma das chaves mais importantes para desbloquear mais capital filantrópico na próxima década. Se o setor não levar as mulheres a sério e não lhes oferecer orientação adequada, elas não doarão tanto quanto podem, não incentivarão outras pessoas a doar e ficarão limitadas em sua capacidade de contribuir com a filantropia como um todo.