Há muito a filantropia deixou de ter um só significado. O termo ganhou magnitude global, abrangendo causas e populações com fronteiras permeáveis e metodologias experimentais. Os rostos à frente de organizações e movimentos também mudaram, assumindo identidades cada vez mais distantes do estereótipo de outra era.
Como um mosaico, “Faces da filantropia” quer destacar histórias, trajetórias e iniciativas de pessoas de diferentes países que trabalham pelo impacto nas suas comunidades.
Em entrevistas diretas e curtas, a série apresenta as diversas visões e culturas de líderes do setor, revelando suas motivações, desafios e conquistas. Suas trajetórias individuais nos mostram como o trabalho filantrópico pode transformar áreas como migração, empreendedorismo, meio ambiente e direitos humanos, oferecendo uma visão única sobre o poder da solidariedade e da ação coletiva.
A autora
Veronica Deviá, 37, jornalista e cientista social, é mestre em Relações Internacionais (USP). Entre 2023 e 2024, cursou mestrado em administração pública na Harvard Kennedy School como Edward S. Mason Fellow. As entrevistas desta série foram realizadas durante esse período, como parte de sua colaboração para o Departamento de Pesquisa da Fundação José Luiz Egydio Setúbal.
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Natural da Cidade do México, é vice-presidente de Parcerias e Desenvolvimento da América Latina na Hispanics in Philanthropy (HIP), onde constrói pontes entre financiadores dos EUA, regionais e internacionais para promover a filantropia transnacional e a justiça social nas Américas. Sob sua liderança, a HIP América Latina expandiu seu trabalho em equidade de gênero, migração, deslocamento forçado e uso da tecnologia para democratizar a filantropia. É cofundadora da Auna, que apoia a liderança feminina na política.
Formada em psicologia e espanhol pela Universidade de Indiana em Bloomington, preside a Fundação eBay, onde orienta investimentos voltados para empreendedorismo inclusivo. Sob sua gestão, marcada pela filantropia baseada na confiança, a concessão de subsídios da fundação quintuplicou entre 2019 e 2020, com impacto sobre mais de 300 mil empreendedores
Cofundador e consultor principal do Black Migrant Power Fund, Ola Osaze atua também como estrategista do Trans Justice Funding Project. De origem nigeriana e tendo ele próprio um passado de imigrante ilegal, Osaze tornou-se líder de movimentos por justiça social. Sua trajetória de décadas se volta para organização e construção de movimentos e captação de recursos em nome das comunidades LGBTQ+, não brancos e migrantes. Foi diretor fundador do Black LGBTQ+ Migrant Project e um dos fundadores do Black Migrant Power Fund. Sua atividade como organizador de recursos e captador de fundos se centra em iniciativas voltadas para uma perspectiva libertadora negra, queer e trans
Laurence Lien é presidente e CEO interino do Asia Philanthropy Circle, além de cofundador e CEO interino da Asia Community Foundation. Ele também está à frente da Fundação Lien, da Lien AID, do Caritas Singapore Agape Fund e da Eisenhower Fellowship Singapore. Tem passagens pelo governo de Singapura e foi CEO do National Volunteer & Philanthropy Centre no país
