A Sociedade Internacional para Pesquisa do Terceiro Setor (ISTR) é uma associação internacional fundada em 1992 que se dedica a promover a pesquisa e a educação na sociedade civil, na filantropia e no setor não governamental. O ISTR trabalha para unir acadêmicos e pesquisadores para a troca de ideias e o avanço do conhecimento em escala local e internacional, no que diz respeito ao terceiro setor, ao bem-estar humano e ao desenvolvimento internacional.
A associação, em parceria com a Faculdade Getúlio Vargas, está promovendo mais uma edição de sua Conferência Regional da América Latina e do Caribe, um evento sediado em São Paulo para tratar dos desafios da sociedade civil em tempos de reconstrução democrática e de crise climática.
O evento acontece entre os dias 9 e 11 de outubro. Para mais informações, acesse o site da ISRT e da FGV.
Data e horário do evento
9 a 11 de outubro – 09h às 18h
Descrição:
A democracia na América Latina enfrenta desafios contemporâneos que afetam a sociedade civil em diversas dimensões. Por um lado, alguns governos eleitos via mandato popular têm sido responsáveis pela redução de direitos e pela perseguição de opositores e organizações da sociedade civil em nome de agendas supostamente reformistas. Por outro lado, a ascensão de grupos de extrema direita e neofascistas desafia a construção de uma sociedade civil mais inclusiva e justa. Esses grupos movem ações coletivas que, muitas vezes, incitam o ódio e a violência, amplificando tensões e conflitos sociais. Como resultado, a relação entre a administração pública e a sociedade civil passa por uma intensa crise e um retrocesso democrático, que são especialmente significativos quando os governos violam direitos, prejudicam a participação social e enfraquecem os canais de diálogo e cooperação com a sociedade civil. Neste contexto, agendas progressistas e conservadoras competem na construção da opinião pública em meio à disseminação de “fake news”, dificultando a expansão da esfera pública e que são essenciais para as democracias. Esse cenário é ainda mais complicado na atual crise climática global, cujos principais desafios na América Latina são a preservação de biomas como a Amazônia e o Gran Chaco, que estão ameaçados por crimes/desastres de grandes proporções e com efeitos irreparáveis nos ecossistemas.